CARTA AO LEITOR
Aquém busca conhecer meu precipício, bem vindo ao mundo, que se desfaz o conhecido de mim mesmo, abrindo-se ao real alívio. Em momento de tormenta sobra somente um amigo, este por sinal, cabe saber tudo por consequência. Esgueirar-se por coração qualquer, é correr o risco de se perder em calabouço de outro, tome cuidado ao andar pelos pensamentos de alguém, para que esses não se tornem seus inimigos.
O julgamento cabe ao ouvinte compassivo, aquele que critica pelo espírito, não perdendo-se no desmedido egoísmo, aquém se encontra em meu precipício, bem vindo ele é seu também, porém com os seus próprios monstros, ou consideras não ter o que lhe assusta ao olhar o espelho? Quando a luz forem estrelas em noite de escuridão profunda, andaras por entre as veredas do fim, sem desconsiderar a vida em sua forma mais gentil, cair é natural, rastejar pelo chão é uma opção.
A dama de meus olhos, sinto-me abrigado na escuridão, ando ao brilho mais profundo do coração, não a nada que me faça tanto sorrir, sabendo que mesmo só estou em relação, a verdades estas á considero, no entanto por uma me oriento, e no desespero sou liberto, pelo andar as beiras de meu suicídio. A morte qual não há desejo longe ou perto, mas na medida do possível, entre o fim no momento certo, e na recordação do finito.
Ao desejo já fui tomada, e do início já me perco, contudo somente quero expressar meu lamento, pelas almas atordoadas que ariscam seus sorrisos em meus escritos depressivos, são somente em meu mais íntimo, os momentos de alívio, na pura liberdade do pensamento. Gritão os dogmas ao meu ouvido, ouço e concordo por compromisso, quem sabe defenda ou os refute na proporção que batem ao coração querendo ser absorvidos.
Adeus desespero, adeus silêncio, sou ouvido, por aquele que tem coragem de sentar-se a beira do precipício, e ouvir os lamentos e suspiros, de um poeta, que esta morrendo. Ao limiar do saber, só resta mistério, não há murro cognitivo que lhe assegure suas crenças, tudo é enquanto está acontecendo nos sentimentos. Ouço seu respiro ao ouvido, bem vindo ao mundo, ao qual não tem domínio, quem sabe lhe ensine algo ou somente de faça um agradecimento por tirar dos olhos suas travas do ofício.
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