QUEM SABE LHE MANDE UMA CARTA!

Quem sabe algum dia as pessoas nos entendam, saibam o que passamos, sentimos e choramos! 
Quem sabe um dia eu veja você sorrindo, em um dia que nada de bom esteja acontecendo.
Quem sabe um dia, eu olhe para você e fale o quanto te amo, o quanto sinto, o quanto desejo seus abraços e beijos.
Quem sabe um dia, eu aceite sua partida, seu desejo de amar alguém, alguém que possa responder a suas necessidades.
Mais por enquanto sigo aqui, não há dia ou noite, que me faça dizer o que sinto, não tem dia que não deixe de aprender, mais, quando estou com você tudo gira em um sentido que não posso controlar.
Mais quem sabe um dia, minhas lágrimas sejam compreendidas,  todas as reclamações, discursos e traumas sirvam para alguém ao menos.
Não considero que seja minha vida emocionante ao ponto de escrever um livro, nem mesmo um conto romântico, pois, não são minhas palavras, sorrisos e eufóricas diárias que mostram quem sou, mais o silêncio, a falta de saber faz o mistério lhe dissolver.
Quem sabe um dia, percebam que nem sempre que sorri está feliz, que nem quando cantava os males espantava, nem sempre gritava por sentir dor física, era somente o espirito mostrando-se presente em momentos inoportunos que me fazem sofrer.
Muitas vezes o sofrimento é na alma, e lá somente o mistério pode entrar, lá no íntimo só amor verdadeiro pode ter um lugar especial.
Quem sabe um dia me chamem de santo, ou de herege, quem sabe até de ateu, contudo nunca poderiam dizer que deixei de buscar, de tentar, pois, tentar me fez deixar o que amei para gritar ao mundo todo que sabia eu dançar. 
Neste emaranhado me restou a esperança, que descobri ser a irmã mais velha da solidão, e a prima do sofrimento, e a mãe amor. Em meio a essa família, só sentei-me esperei que o tempo passa-se como chuva em noite de verão.
Quem dera saber o dia de amanhã, talvez isso me impedisse de viver o hoje, de sonhar com muitas coisas impossíveis, de tentar loucamente, por coisas que o tempo vai consumir.

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