CARTA DE UM MORTO VIVO
O que podemos pensar do Natal? Seria um momento religioso ou seria um tempo que não passaria de uma forma capitalista de ganhar dinheiro com futilidades? Quem sabe não passe de uma tradição familiar que envolve as pessoas em um estereótipo que impede o pensamento diante da existência? Para que continuar alimentando as fontes de esperança, se o próprio mundo mostra a finitude e a brutalidade da natureza? As vezes paro a pensar, que complicado ser humano, entre tudo que existe e rasteja sobre a terra, um dentre estes tem consciência, esta qual leva a condição de perceber a morte. Como não temer a finitude, o término de tudo que conhece, de família, amigos, inimigos que iram ao confim do pó de onde sairão?
Ó vida, sem a razão não descobriria a esperança com gostas de fé que me fazem mexer me, porque desistir de pensar? Quem sabe por isso tanto amamos o passageiro, que alimenta o imaginário enquanto esperamos o fim que sabemos que vai chegar. A luz é comparada a esperança que mostra a direção, alimenta o modo de como realmente ser, dado isso talvez, na escuridão encontre-se o brilho verdadeiro, quem está diante do sol todos os dias desconsidera a importância do brilho que esta possui, enquanto os mesmos são necessários.
Quem domina ou controla o tempo que se escorre por entre os dedos? Em dias como esses a luz de enfeites de Natal tudo passar tão rapidamente que sou incapaz de controlar as inquietações que atormentam o peito. Como considerar justo o injusto, ou certo a mentira aceita? Brigar com o estigmatizado é querer tentar em curto tempo modificar o que o tempo á solidificou, um ato segue sendo praticado por quem o considera na medida que o mesmo é realizado diz a pós dia, como sendo digno de honra, no momento que o mesmo deixar de ser o que é passa a ser considerado uma afronta com os antigos. Quem dera o tempo nos permite-se mantermos vivos para ver a consequência dos atos que aceitamos e praticamos durante todo o tempo da vida.
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