A QUEM DEVO?

     A quem devo minha obediência? Para quem devo voltar meu olhar e depositar minha confiança? Olhei em volta e apavorei-me aqueles que considero sendo os nortes, se fecham em uma redoma de segurança que ignora a personalidade pessoal. Em um mundo de inúmeras possibilidades fechamos por vezes os olhos em uma certeza que esvazia o coração de singularidade, levando me a angústia da superficialidade, perdendo o valor a vida. A você que imagina ter a minha submissão, a você que considera ter o domínio dos meus pensamentos e valores, parabéns! Engana-se na proporção que digo ter a certeza das minhas palavras.

    Considero que toda a verdade seja uma produção continua de pensamentos que julgam a interioridade pela superficialidade da casca social, que adquirimos para a segurança nas das limitações pessoais, isto é, acredito ter a veracidade das ações e a certeza do que fazer, mais me engano como engano quem me ouve. Caro inimigo de minhas ideias, que constantemente me subjuga nas ações que faço, você me conhece menos do que eu mesmo, o que faço, não significa que é o que realmente penso, sou uma mascara para mim mesmo. As palavras que profiro, as ações que tenho em público, são todas meras pontas de um iceberg, pois, o que realmente sou, é aquilo que quando fecho a porta, entro no meu quarto, e diante dos meus devaneios, me pergunto: quem sou eu?

    Ao distanciar e silenciar de quem não concorda comigo, não  considero fugir da briga, mais evitar palavras soltas, devaneios, ignorâncias de achar ter a certeza, ouvir... ouvir ... quem sabe no meio de tanto ego pessoal, possa eu aprender com quem me subjuga. Não devo a obediência a um homem exterior a mim, nem me limito a moralidade que me orienta, centralizo na valorização da persona com quem vivo, não quer dizer que concorde e aceite, mais, simplesmente busco ver o cosmos e o caos pessoal. Nos inúmeros mundos que se formam na interioridade da pessoa, não tem certeza, valor, carisma, que não se torne questionando por uma partes que iniciam uma discussão, são ambos antagônicos, com a união na busca de justificarem que tem razão.

    Seria uma tolice pensar que realmente conheço o outro e tenho a capacidade de colocar tópicos que considerem seus valores e dificuldades, pois, na imensidão dessa humanidade sou um grão de areia, uma fagulha do pó, do qual não demorarei para voltar. Quem dera um dia conheça a fraternidade em um conjunto de singularidades, onde a obediência não é uma obrigação, mais, a leveza de respeitar quem tem a sabedoria para guiar. Por onde andei, onde depositei as certezas, onde será que esqueci de amar?   Quem sabe ali onde acho saber nunca esteja meu coração, quem sabe esteja somente uma gota da humanidade, o resto de mim esta preso dentro das paredes do meu eu!

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