CARTA DE UM HOMEM NO PRECIPÍCIO
Quem dera livra-me do já vivido, sou fruto do tempo desconhecido. Em momentos de grande certeza, dei-me a morte de meus amigos, enquanto esperava o cronos passar, deixei o eros se consumir. Quem sou eu? Será filho de amores proibidos para tanto sofrer em dias longínquos? Queria eu entender o precipício. Dei me um dia diante de um homem a beira do fim, logo que me aproximei, falou me em tom de freguês . Sei que deveria de dar respostas ou motivos de estar onde estou, mais na verdade, lhe faço perguntas, se você puder ajudar-me, salva-me do sofrimento! Porque menino, tenho medo do finito, eu que estou diante do infinito? Quem considera saber tudo, porque se vê confuso ao desmaiar no absurdo? Quem é você que ainda me olha, sabendo que sou um louco? Garoto, fuja logo, não queira acabar como esse seu amigo, nada fiz que me orgulho, a não ser a falta de filhos. Não é que mal algum fiz a inimigo ou amigo, só deixei que as letras me t...