CARTA DOS PRIMEIROS DIAS
Ao nascer dei-me conta da inconsequência que é viver, não compreendo nada, muito menos consigo me expressar, já que sou criança e não sei falar, no dia que vim ao mundo, talvez fez frio ou calor, não me lembro, estava completamente absolto na dor de não estar mais seguro em útero quentinho, aconchegante que nutria e protegia minha fragilidades. Como chorei, creio ter acontecido, estava tudo bem, mais quanto drama, é só mais um pedaço de carne consciente, não seria preferível deixa-lo ao acaso da morte? Naquele dia, não sei, mais só me lembro da linda mulher que ao lado da minha mãe me abençoava, penso ser a vida. Escrevo em meio aos pensamentos mais dispersos, aquilo que realmente toca-me no íntimo da essência que trago, com sinceridade, despedaço o coração para mostrar-me como realmente sou, para quem realmente amo. Estar na vida e dar-se conta desta como é, um conjunto de coisas que na maior parte não tem sentido, muitas out...