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Mostrando postagens de junho, 2024

CARTA DOS PRIMEIROS DIAS

      Ao nascer dei-me conta da inconsequência que é viver, não compreendo nada, muito menos consigo me expressar, já que sou criança e não sei falar, no dia que vim ao mundo, talvez fez frio ou calor, não me lembro, estava completamente absolto na dor de não estar mais seguro em útero quentinho, aconchegante que nutria e protegia minha fragilidades. Como chorei, creio ter acontecido, estava tudo bem, mais quanto drama, é só mais um pedaço de carne consciente, não seria preferível deixa-lo ao acaso da morte?     Naquele dia, não sei, mais só me lembro da linda mulher que ao lado da minha mãe me abençoava, penso ser a vida.       Escrevo em meio aos pensamentos mais dispersos, aquilo que realmente toca-me no íntimo da essência que trago, com sinceridade, despedaço o coração para mostrar-me como realmente sou, para quem realmente amo. Estar na vida e dar-se conta desta como é, um conjunto de coisas que na maior parte não tem sentido, muitas out...

AOS PRIMEIROS DIAS DE INVERNO

      Ao amor dos primeiros dias de inverno, é inusitado como o tempo vai se tornando tão singular na organização dos sentimentos, que abarcam cada detalhe particular e singular que no amor que não tem fronteiras temporais ou físicas; a verdade tudo isso se desenvolve na existência que por inúmeras vezes é considerada como sendo sórdida e sombria. Fechei os olhos para redescobrir a veracidade dos atos que levaram-me ao encontro, a relação, que toca o coração, seja da maneira ou qual, o modo permitido ou não pela realidade, são breves considerações de uma profundida que encontrei quando você redescobriu quem eu pensava ser. Não foi nas loucuras de Julieta que apaixonei-me, mais nas lágrimas sinceras em Romeu que despedia-se ao descer pela escada.   

!?

      Quem sabe!? O vento sobrará, o sol aquecerá o corpo hipotérmico, a chuva lavava com o tempo  todas as lágrimas que cultivo com tanto amor. Queria poder responder a um amor, tudo que no espaço é incapaz de ocupar, pois é tão profundo que nem sei responder. As vezes o medo faz sentir desespero, faz querer o que não pode ser, mais no fundo há somente um entre muitos  homens tentando sobreviver aquilo que ele mesmo construiu para si mesmo. Fechei os olhos, desejei ser para além dos limites, mais querer viver não é lucho é necessidade, é o mínimo possível para uma existência tolerável, ou a simples mentira contada diariamente para permanecer.     Cada ato, cada cena só iram fazer sentido em um breve estante no respiro, já não me recordo a última vez que chorei, mais recordo muito bem, a última vez que sorri com verdade, era satisfatório levar a vida com simplicidade, por que agora a carrego como um ouro de tolo, só sei!? O sol que entra pela janela te...